Truculência, violência e arbitrariedade, parece ser
a missão da Polícia Militar
Na madrugada de hoje, 7 de Abril fui mais uma
vítima da violência da PM. Ao sair da sede Luz do Pessoal do Faroeste, na Luz,
segui em direção a Praça Júlio Prestes na companhia de um amigo, quando nos
deparamos com uma base móvel da PM (Base 13270) e lá paramos para pedir uma
informação. Depois de nos dar a informação o PM pediu a identidade do meu amigo,
que imediatamente a entregou ao mesmo que, em seguida pediu para que meu amigo
colocasse as mãos na cabeça para passar por uma revista pessoal, o famoso “baculejo”.
Oi???
Eu – Amigo, que absurdo, não tem necessidade disso,
nós só viemos pedir uma informação.
O PM – fulano, se dirigindo ao colega de farda,
pede apoio aí.
Eu – amigo, não tem necessidade disso, eu sou
jornalista, me desculpa mais eu vou ter que filmar isso. Isso é um absurdo, um
abuso amigo.
Então, me afastei um pouco da ação e comecei a
filmar aquela abordagem arbitrária e completamente abusiva e truculenta,
afinal, nós havíamos parado ali para pedir uma ajuda, uma informação. Quando, menos
de um minuto depois, eu filmava e argumentando que, aquilo era um absurdo, chegou
uma viatura com mais três policiais. Aí começou o meu terror. O sargento PAULO
HENRIQUE MARCONDES, já desceu da viatura em minha direção dizendo: - o que é? Na
sequência espirrou gás de pimenta no meu rosto e me deu um chute na perna
esquerda, não satisfeito, ainda me tomou meu celular. A partir daí, eu
completamente “cega” me desesperei, comecei a gritar pedindo meu celular de
volta, xingando aquela atitude monstruosa e cruel, com rosto pegando fogo. Ainda
não satisfeitos com tamanha arbitrariedade e violência, ainda nos jogaram no
camburão da viatura pra irmos á delegacia, 2ºDP Bom Retiro. Lá, prestamos
depoimento eu, agredida fisicamente que fui, peguei encaminhamento para um exame de corpo de
delito no IML. Detalhe: no Boletim de Ocorrência, não consta absolutamente nada
sobre terem me tomado o celular e apagado o vídeo que eu havia feito, na versão,
mentirosa e destorcida deles, os PORCOS PM`s, para o gás de pimenta é de que eu
“investi” pra cima do sargento MARCONDES, que precisou usar o gás para me
conter e é obvio ululante que também não consta nada sobre o chute que o
covarde me deu na perna depois de me espirrar o gás! Absolutamente mentira,
deslavada. O cara já chegou me agredindo e me arrancando das mãos um bem meu,
meu celular, fiquei completamente sem a menor chance de defesa, por conta do
gás em meu rosto. (BO nº2333/2014)
Ai eu me pergunto...quando isso vai acabar? Até quando
cidadãos comuns, trabalhadores terão seus direitos cerceados dessa maneira? Até
quando vão dar sumiço nos Amarildos e arrastar as Cláudias? Disso tudo
fica uma sensação horrorosa de violação, de impotência... – Nós temos fé
pública, me disse o PM Arthur! E eu, não? .
E uma lição: nunca mais pedir uma informação pra um
PM!
Aliene Ribeiro, violada, indignada!