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quarta-feira, 14 de março de 2012

Se essa moda pega...





         

No último domingo, 11, a TV Cultura de São Paulo estreou um novo programa em sua grade, o TV Folha. Até aí, tudo bem. Não fosse o Grupo Folha, uma empresa privada, associado ás organizações Globo, cujo objetivo primeiro e único é o lucro e não fosse a TV Cultura uma Emissora pública de televisão sem fins lucrativos, cujo principal objetivo é oferecer àsociedade brasileira uma informação de interesse público e promover oaprimoramento educativo e cultural de telespectadores e ouvintes, visando atransformação qualitativa da sociedade”. A TV cultura de São Paulo, tem como mantenedora a Fundação Padre Anchieta, uma autarquia do Governo do Estado, que além da Tv, mantém as rádios Cultura AM e FM.
Não teria problema algum, não fosse o Grupo Folha um dos maiores conglomerados de mídia do país estar se apropriando de um espaço que deveria ser destinado a outros fins, que não aos interesses comerciais de um grande grupo. Essa “parceria”, digamos assim, fere não somente a Lei n° 4.117/62 do Código Brasileiro de Telecomunicações – CBT, fere antes, os princípios básicos da democratização da informação. Se a programação oferecida em uma tv pública passa ser a mesma oferecida nas tv’s comerciais, então a tv pública perde sua função primeira, perde a razão de ser. O fato é que essas “parcerias,” em regra geral, são permeadas por grandes interesses de grandes grupos com um único objetivo: transformar os telespectadores em massa de manobra, principalmente em momentos oportunos como este, um ano eleitoral.
Se puxarmos pela memória, havemos de lembrar uma “parceria” dessas, aqui mesmo, nos anos 90, protagonizada pela TV Cultura do Pará e as Organizações Rômulo Maiorana, em que nós pagamos a conta de mais de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) por mês para que a TV Liberal utilizasse os retransmissores da TV Cultura. Se essa moda pega por aqui, muito em breve estaremos assistindo ,na TV Cultura do Pará, a programas da TV Liberal/Rede Globo. Já pensou?

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Em 8 de Março de 1857, as operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque, paralisaram suas atividades em um grande movimento grevista em que lutavam por melhores condições de trabalho, redução da carga horária de 16 para 10 horas diárias e igualdade de salários, visto que, uma operária àquela época, recebia apenas um terço do salário dos homens para executar o mesmo trabalho. A manifestação foi reprimida de tal forma e com tamanha violência, que após trancafiar as tecelãs na fábrica, os proprietários e a polícia atearam fogo á fábrica no intuito de conter a manifestação, o que provocou um dos maiores incêndios da história daquela cidade e, [in] consequentemente a morte de cerca de 130 operárias. Surge assim, o Dia Internacional da Mulher, de acordo com o imaginário de Lourença Duarte da Silva Ribeiro, mulher, revolucionária, subversiva, mãe, avó, bisavó. Minha avó, Lóca, com quem aprendi muito, em quem procuro sempre me espelhar e a quem peço licença para homenagear aqui.

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Ela, a Vovó Lóca, em seu auto exílio
em Marudá - PA
De onde a Vovó Lóca tirou esta estória eu não sei, mas ela deve ter ouvido esta, e muitas outras estórias dentro da União subversiva do Pará, da qual fez parte, ou ainda de uma das companheiras do Sindicato das domésticas do Pará, fundado por ela. O fato é que, a principal referência histórica que se tem acerca das origens do dia internacional da mulher é a II Conferência Internacional das MulheresSocialistas, realizada na Dinamarca, quando Clara Zetkin, professora, jornalista e política marxista alemã, propôs uma resolução para criação oficial de um dia internacional das mulheres.
De lá pra cá, muitas lutas e conquistas vieram. O direito a educação, por exemplo, foi um importante marco nas lutas femininas, mas sem duvida uma das maiores conquistas da mulher brasileira, veio em 24 de Fevereiro de 1932, quando foi instituído o direito ao voto feminino e consequentemente o direito de ser eleita para cargos no executivo e legislativo. O dia 8 de Março foi finalmente oficializado em 1975, por meio de um decreto da ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia Internacional da Mulher.


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Eu, aprendendo sempre com ela

Mas o dia 8 de Março não é somente de comemorações e consumismos, muito embora a grande mídia tente fazer deste dia um dia dedicado tão somente ao consumo excessivo, obrigando os companheiros, maridos, namorados, pais, irmãos a encher suas mulheres de presentes, jantares, flores, passeios, viagens. É antes um dia de lutas, um dia marcado por conferências, marchas, debates e discussões em todo o mundo, acerca do papel da mulher na sociedade contemporânea. A luta continua, sempre, no sentido de diminuir, quiçá, acabar com o preconceito e a desvalorização da mulher. Muito já foi conquistado, mas, ainda hoje as mulheres sofrem com baixos salários, jornada excessiva de trabalho, desvantagens na carreira profissional e violência em todas as instâncias. E isso tem que acabar. Diz a máxima dos movimentos de mulheres: Lugar de mulher é na política! É só assim que, sempre na luta, acabaremos com as desigualdades e preconceitos que ainda hoje norteiam a sociedade machista e opressora que herdamos de nossos ancestrais, mas não da Vovó Lóca, com ela me tornei o que sou e por ela ainda serei muito mais.
Dedico este post a minha querida vovó Lóca, por sua força e coragem na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Te amo veinha!!!

(Rita Lee)

Feliz Dia Internacional da Mulher!!!