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segunda-feira, 7 de abril de 2014

"Polícia para quem precisa..."

Truculência, violência e arbitrariedade, parece ser a missão da Polícia Militar
Na madrugada de hoje, 7 de Abril fui mais uma vítima da violência da PM. Ao sair da sede Luz do Pessoal do Faroeste, na Luz, segui em direção a Praça Júlio Prestes na companhia de um amigo, quando nos deparamos com uma base móvel da PM (Base 13270) e lá paramos para pedir uma informação. Depois de nos dar a informação o PM pediu a identidade do meu amigo, que imediatamente a entregou ao mesmo que, em seguida pediu para que meu amigo colocasse as mãos na cabeça para passar por uma revista pessoal, o famoso “baculejo”. Oi???
Eu – Amigo, que absurdo, não tem necessidade disso, nós só viemos pedir uma informação.
O PM – fulano, se dirigindo ao colega de farda, pede apoio aí.
Eu – amigo, não tem necessidade disso, eu sou jornalista, me desculpa mais eu vou ter que filmar isso. Isso é um absurdo, um abuso amigo.
Então, me afastei um pouco da ação e comecei a filmar aquela abordagem arbitrária e completamente abusiva e truculenta, afinal, nós havíamos parado ali para pedir uma ajuda, uma informação. Quando, menos de um minuto depois, eu filmava e argumentando que, aquilo era um absurdo, chegou uma viatura com mais três policiais. Aí começou o meu terror. O sargento PAULO HENRIQUE MARCONDES, já desceu da viatura em minha direção dizendo: - o que é? Na sequência espirrou gás de pimenta no meu rosto e me deu um chute na perna esquerda, não satisfeito, ainda me tomou meu celular. A partir daí, eu completamente “cega” me desesperei, comecei a gritar pedindo meu celular de volta, xingando aquela atitude monstruosa e cruel, com rosto pegando fogo. Ainda não satisfeitos com tamanha arbitrariedade e violência, ainda nos jogaram no camburão da viatura pra irmos á delegacia, 2ºDP Bom Retiro. Lá, prestamos depoimento eu, agredida fisicamente que fui, peguei  encaminhamento para um exame de corpo de delito no IML. Detalhe: no Boletim de Ocorrência, não consta absolutamente nada sobre terem me tomado o celular e apagado o vídeo que eu havia feito, na versão, mentirosa e destorcida deles, os PORCOS PM`s, para o gás de pimenta é de que eu “investi” pra cima do sargento MARCONDES, que precisou usar o gás para me conter e é obvio ululante que também não consta nada sobre o chute que o covarde me deu na perna depois de me espirrar o gás! Absolutamente mentira, deslavada. O cara já chegou me agredindo e me arrancando das mãos um bem meu, meu celular, fiquei completamente sem a menor chance de defesa, por conta do gás em meu rosto.  (BO nº2333/2014)
Ai eu me pergunto...quando isso vai acabar? Até quando cidadãos comuns, trabalhadores terão seus direitos cerceados dessa maneira? Até quando vão dar sumiço nos Amarildos e arrastar as Cláudias? Disso tudo fica uma sensação horrorosa de violação, de impotência... – Nós temos fé pública, me disse o PM Arthur! E eu, não? .
E uma lição: nunca mais pedir uma informação pra um PM!

Aliene Ribeiro, violada, indignada!