O movimento dos
artistas, técnicos e produtores culturais paraenses, que começou acerca de um
mês, meio tímido nas redes sociais, desde seu primeiro ato no último dia 9 de
Julho, com uma intervenção no palco da mostra Terruá Pará no teatro do CENTUR,
vem ganhando cada vez mais adeptos. O movimento hora intitulado CHEGA, propõe
uma pauta de discusões acerca da democratização do acesso às políticas
culturais do Estado, que vamos e venhamos, é nula, inexistente! Uma das
principais pautas do movimento é a saída do Secretário de Estado de Cultura,
Paulo Chaves Fernadndes, que ocupa o cargo há quase duas décadas e nunca dialogou
com a categoria de forma democrática e ampla. Quando afirmo que se trata de uma
política cultural inexistente, refiro-me a falta de investimento amplo e
transparente em projetos dos diversos seguimentos culturais do Estado, sim,
porque o que se vê hoje e sempre são milhões de rais investidos em um único
seguimento, a ópera e em um mega evento que deveria servir para difusão da
cultura paraense pelo país afora, mas que não passa de um grande espetáculo
(produto) para paraense, que mora fora do Estado (Rio e São Paulo) ver. O Terruá
Pará. E para que fique muito claro, o movimento CHEGA é contra a ópera ou o
Terruá Pará? NÃO, não é! O que o movimento reenvindica é a justa distribuição
das verbas públicas destinadas à cultura de maneira democrática e includente, é
uma política cultural que seja capaz de atender ás diversas manifestações
culturais e todas as suas nuances e não apenas pequenos grupos. Em suma, o fim
da política de balcão!
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1º Ato, 9 de Julho, Terruá, Centur. Do perfil de José Emílio Almeida |
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2º Ato, 16 de Julho, Sec. de Cultura, do perfil de Marcelo Lelis |
Histórico:
Em uma primeira
reunião o movimento reuniu cerca de cinquenta pesoas no Teatro Cuíra, onde se
deliberou, coletivamente, uma primeira ação. O peimeiro ato: a construção de um
manifesto a ser lido em público, cujo local escolhido foi o palco do teatro
Margarida Schivasappa durante a mostra Terruá Pará no último dia 9 de Julho. Na
intervenção, artistas subiram ao palco, pediram a palavra, o que,
democraticamente, foi atendindo e fizeram a leitura do Manifesto dos Artistas. O estranho
é que, democraticamente, no momento em que os manifestantes subiram ao palco,
as luzes do teatro se apagaram e a Rádio e TV Cultura do Pará, que transmitem o
evento ao vivo, estiveram fora do ar por problemas técnicos. Mas tudo bem, as
vozes do movimento ecoaram, ainda assim! Um grupo foi criado nas redes sociais
para ampliar ainda mais o movimeto, o TerceiroAto. Acesse, conheça e junte-se ao movimento!
Em uma segunda ação o movimento
reuniu cerca de cento e cinquenta pessoas no Teatro Cuíra e saiu em caminhada
pelas ruas da cidade rumo ao Parque da Residêmcia, sede da Secretaria de
Cultura, no intuito de protocolar uma carta de demissão simbólica e sumária do
Secretário de Cultura Paulo Chaves. Segundo Ato: mais uma vez, o que se viu foi
portões fechados para a categoria que, farta dos desmandos e da arrogância do
Sr. Paulo Chaves o demitiu sumariamente do cargo para o qual, ele, já deu
provas mais do que suficientes de que, não tem a menor capacidade e competência
para ocupar. A manifestação foi pacífica e muito festiva, vários astistas
caracterizados com seus perssonagens, bonecos, músicos tocando seus
instrumentos e uma gente muito afinada cantndo palavras de ordem durante todo o
percuso, que é claro, foi acompanhado de perto pela Polícia Militar do Estado.
Em frente aos portões fechados da Secretaria de
Cultura, o ator Adriano Barroso, um dos coordenadores do movimento, fez a
leitura dramática da Carta de Demissão do Secretário enquanto
os demais artistas depositavam as flores fúnebres na grade dos portões, e uma
faixa com a inscrição: AQUI JAZ A POLÍTICA CULTURA DO ESTADO. Simbolizando a
morte de uma política cultural que, há décadas agonizava! E como “gran finale”
desse verdadeiro espetáculo democrático, os artistas se reuniram em frente ás
ruínas do histórico Teatro São Cristóvão, que fica em frente ao prédio da
secretaria de cultura, mais um síbolo do abandono e desrespeito dessa
administração para com a cultura do Estado, para uma homenagem e muitas palmas.
A próxima ação do
movimento CHEGA será uma reunião nesta quinta, 18 de Julho, ás 19h em frente ao
Theatro da Paz! Participe!!!
Fotos não identificadas: Aliene Ribeiro
Um comentário:
Esses artistas adoram uma teta do estado. Em vez de buscar apoio no empresariado para financiar as suas artes, preferem tungar dinheiro da viúva. Adoram uma boquinha.
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