O movimento separatista no Pará se arrasta por mais de 20 anos no caso do pretendido Estado do Carajás (Sul do Estado), já no outro, o Tapajós (Oeste paraense), a demanda vem de mais longe, vem dos tempos do império, quando o Pará ainda era a Província do Grão-Pará.
O que nos resta saber é: a quem, de fato, interessa a divisão do Pará? Ao povo paraense, ou a meia dúzia de poderosos, verdadeiros predadores da terra alheia? Para a revista Veja, “Divisão do Pará vai criar um Estado violento e outro pobre”. Para o cientista político da Universidade Federal do Pará – UFPA, professor Roberto Corrêa, “Sentimento antigo das elites, e não do povo, move divisão do Pará”.
Em sua maioria, os separatistas não são paraenses, são grandes latifundiários, pecuaristas ou nobres ocupantes de cargos públicos, pleiteando o aumento de seu poder político e, pasmem, são réus em vários processos judiciais. Á exemplo do Deputado Federal Giovanni Queiroz (PDT/PA), um dos mais eufóricos entusiastas do esquartejamento do Estado, que nasceu em Minas Gerais e é proprietário da próspera Fazenda Rongi Porã em Redenção, que negocia madeira Teca, de reflorestamento, após um longo período de devastação da nossa floresta nativa. Ou ainda, o também Deputado Federal Asdrubal Bentes (PMDB/PA), recentemente condenado, em última instância, a pouco mais de três anos em regime aberto pelo crime de esterilização irregular e que é natural do vizinho, Amazonas.
2 comentários:
Lika! Que legal receber um comentário teu, não sabia que estavas na blogosfera. Minutos atrás, antes de lê-lo, eu manuseava um papel anotado por ti. Vou te adicionar aqui no blogroll.
Sobre a divisão do Pará, eu acho que está havendo um erro de foco - caso o interesse seja mesmo em resolver alguma coisa. Enquanto não se cobrar ICMS das mineradoras, o estado (seja ele sob qualquer denominação ou bandeira) estará fadado à pobreza e jugo desses grupos. Os separatistas estão receitando o remédio errado para a doença certa.
Lilica,
Parabéns. NÃO AO DIVISÃO!!!
Simonetti
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