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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

“No mês de Outubro, em Belém do Pará, são dias de alegria e muita fé...”

E nesses dias a cidade inteira exala o mesmo perfume: maniçoba! Em cada rua em que se passa, em cada viela, em cada bequinho, o perfume é o mesmo, de maniva cozinhando. A mangueirosa cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará, ou simplesmente, Belém do Pará, recebe gente de todo canto. Tem gente que vem a pé, de barco, de carro, de avião, não importa como, o importante é chegar e ser arrebatado pela atmosfera que se instala por aqui nesses dias.
Nesses dias as flores se abrem, as luzes se acendem, os olhos se arregalam, os corações se abrandam. As mangueiras ficam mais viçosas. A cidade fica apinhada de gente, o trânsito, que já é um caos, fica um pouquinho pior, mas, inexplicavelmente, nesses dias, tudo fica mais ameno, mais tranqüilo. Não se vê graves acidentes no trânsito caótico, não se vê tanta violência nas ruas. É impressionante!
“Naza, Nazarezinha, Nazaré Rainha, Nazaré, Mãe da terra, mãezinha...”. Esses dias são só dela. Nesses dias, tudo gira em torno dela, Nossa Senhora de Nazaré, pra mim Nazica, a padroeira dos paraoaras. Ela começa sua peregrinação ainda cedinho, roda por tudo quanto é canto aqui e noutras águas. E por onde passa deixa suas bênçãos. Não há aquele que não se arrepie inteirinho quando ela passa “... e como é linda a Santa em sua berlinda...”, difícil aquele que não tenha uma lágrima acarinhando a face ao ver a Naza passar. As famílias se reúnem, os estranhos se congratulam, se cumprimentam, é mágico! O colorido dos brinquedos de miriti invade as ruas em suas girândolas, e as fitinhas de Nossa Senhora, lindas, esvoaçantes, coloridas!
É um vem pra cá, vai pra acolá, vai de carro, vem de barco, pega a moto, vai de pés à noite, vem de pés de dia, magia, comoção, emoção, fé. Um rio de gente, uma pororoca humana invade as ruas de Belém pra ver a Naza passar. Ufa! Eu cansei só de pensar... e ainda tem o profano, nesses dias o sagrado e o profano andam juntos, tudo pra homenagear a Mãezinha. Tem o Auto do Círio, o Arrastão do Círio, que só sai depois que a Santa chega de barco e pega a moto, tem a Festa da Chiquita, que começa assim que a Nazica passa pelo Bar do Parque, tem a Feira do Miriti, e o Arraial de Nazaréeeee...roda gigante, carrossel, montanha russa, maçã do amor...! E o almoço do Círio, hum, que delícia, depois de uma semana sentindo aquele cheirinho da maniva cozinhando em todo canto, ai, chega a dar água na boca! E uma biritinha né, que ninguém é ferro!
“...Ó virgem santa, rogai por nós, rogai por nós, ó virgem Santa, pois precisamos de paz!”
Feliz Círio!


4 comentários:

Márcia Freitas disse...

Arrasa Lilika.....serei leitora assídua do BLOG.... Bjs e BOM CÍRIO!

Anônimo disse...

Excelente texto amiga! Vou recomendar! Bjs grandes.

Kiko!

Cel Pantoja Jr disse...

Grande Lilica, gostei do blog. parabens.

Ela disse...

Ai que vontade de viver isso AGORA!!! O segundo final de semana de outubro mais difícil de toda a minha vida esse de 2011...!!! Mas ela continua olhando por nós!!! beijo mãe, te amo!